É preciso denunciar isto… Recusa de Atestado Médico!

Nos grupos de amamentação espalhados pelo Facebook, somos confrontadas demasiadas vezes com situações de recusa de atestado médico para usufruto da dispensa diária de amamentação após o primeiro ano de vida.

Quando nos deparamos com tal situação, sugerimos às mães que apresentem uma reclamação à entidade em causa, visto que o que é pedido ao médico é que ateste um facto, de que aquela mãe amamenta o seu filho. Dos feedbacks que temos recebido, passado alguns dias as mães recebem uma carta com um pedido de desculpas, e conseguem o atestado médico para apresentar no local de trabalho.

No entanto, no mês passado recebemos um pedido de uma mãe, que prefere manter-se anónima, que nos relatou que um médico da Clínica Walk’in em Odivelas, após ver o seu filho a mamar, além de ter reclamado pelo facto da mãe ter levado a criança para a consulta, recusou-se a passar o atestado indicando que “não era normal uma criança mamar com aquela idade”Após apresentar reclamação foi esta a resposta recebida, por parte do Diretor Clínico da referida clínica, que não podemos deixar de partilhar e refutar!

Ponto 1: a Organização Mundial de Saúde, a Direcção Geral de Saúde entre outras (ESPGHAN, AEPED, AAP, SPP)* recomendam a amamentação em exclusivo até aos 6 meses, e que seja mantida pelo menos até aos 2 anos, complementando com outros alimentos, em qualquer parte do mundo (inclusive países desenvolvidos). Além disso, recentemente foram emitidas orientações que indicam que não é de todo recomendado iniciar outros alimentos antes dos 4 meses;

Ponto 2: A amamentação após o primeiro ano não é uma situação excecional, mas sim a melhor opção de leite que se pode oferecer a um bebé/criança até à altura do desmame;

Ponto 3: Actualmente, em Portugal, não é usual o recurso a amas de leite, era algo comum há alguns anos atrás, quando as mães não podiam/queriam amamentar os seus próprios filhos e não havia outra opção disponível, no entanto foi uma prática abandonada pelo que não faz qualquer sentido ser referida como opção, num país ocidental, em pleno século XXI;

Ponto 4: Um atestado médico, é um documento que deve refletir o estado do paciente, e neste caso o que foi solicitado foi que o médico atestasse que a criança é amamentada, situação que foi verificada em consulta. Na lei* não há qualquer indicação de que deve haver uma razão médica para a dispensa diária de amamentação, ou que o médico tenha de concordar com tal acto.

*Fontes:

52 thoughts on “É preciso denunciar isto… Recusa de Atestado Médico!

  1. Paulo Lobato says:

    “Ponto 3: Actualmente, em Portugal, não é usual o recurso a amas de leite, era algo comum há alguns séculos atrás, quando as mães não podiam/queriam amamentar os seus próprios filhos e não havia outra opção disponível, no entanto foi uma prática abandonada pelo que não faz qualquer sentido ser referida como opção, num país ocidental, em pleno século XXI;”

    onde se lê “era algo comum há alguns séculos atrás” deve ler-se “era algo comum há alguns décadas atrás”

  2. Alexandra Alves says:

    Acho que o diretor clínico tem toda a razão.
    A resposta que deu foi muito profissional, pois tendo a criança dois anos, a mãe pode amamentar o seu filho em períodos diferentes daqueles que são usuais quando a idade é inferior, uma vez que a alimentação já é variada. Usar o filho para usufruir de alguma regalia em termos profissionais é que me parece incorreto.

    • Amamenta Setúbal says:

      A dispensa diária para amamentação é um direito previsto na lei, que pode ser usufruído enquanto durar a amamentação, não é uma regalia. É verdade que as crianças com dois anos já comem outros alimentos, mas se a lei prevê que as mães que amamentam têm este direito, não cabe aos médicos decidir se estas devem ou não usufruir. Se o médico não concorda com a lei, que reclame com a entidades competentes relativamente a esse assunto, mas isso não é motivo para se recusar a atestar um facto, principalmente baseando-se em informações incorretas e desatualizadas.

    • Ana says:

      Cara Alexandra,

      A senhora acha que o diretor clínico tem razão e diz que foi muito profissional na sua resposta pois “…” e lança uma data de argumentos nunca apareceram na carta do dito cujo.
      Ou seja, como a resposta que ele deu a esta mãe é a que a senhora acha que deve ser dada nestes casos, não se importa de dizer que um argumento cheio de falacias quer a nível de dados científicos e orientações clínicas da DGS, quer a nível legal (pela interpretação distorcida do que a letra da lei diz), é um argumento muito profissional.
      Isso fala mais de si e do valor da sua opinião do que do conteúdo da carta do médico e do reclamo que a motivou.

    • Raquel dos Santos Espinho says:

      A dispensa está prevista na lei. A mãe pode e deve solicitar a dispensa no caso de amamentar. Está no seu direito.
      Se faltar ao trabalho porque o filho está doente, solicitando uma baixa por apoio à família também está a usar o filho para ter uma regalia?!
      Está previsto na lei. E o que os bebés mais precisam é de passar mais tempo com as mães.

  3. Sonia santos says:

    A resposta foi muito indica sendo que a criança já tem 2 anos e meio e já come outros alimentos , sendo que o leite no meu ver é um miminho pois a sua mãe quando chegar do trabalho tem tempo para lhe dar descansada e a vontade Por isso o médico foi muito correcto.
    Acho que a mãe em questão está argir de má fé. Pois os médicos sabem .

    • Amamenta Setúbal says:

      Ao médico apenas é pedido que ateste se a mãe amamenta ou não, não lhe é pedida qualquer opinião em relação a essa situação. A dispensa diária de amamentação é um direito prevista na lei e pode ser usufruído enquanto durar a amamentação, cabe apenas à mãe a decisão de usufruir ou não desse direito. Uma coisa é o médico não concordar com a lei, outra é recusar-se a passar um atestado com base em informações falsas e desatualizadas.

    • Maria says:

      Minha nossa…. Mas por acaso as senhoras que estão a falar sabem como funciona a dispensa de amamentação na grande parte das empresas???? Já agora com tanta resposta sem cabimento sabem com que frequência mama um bebé?
      A mãe agindo em má ou boa fé, TEM DIREITO, e sobre isso não existe comentário possível ou opinião.
      Eu acho mesmo piada. Se fosse a vocês tinha filhos e depois nem a parentalidade eu usufruía, não fosse eu estar a agir de má fé… Lololol só mesmo para rir certas opiniões.

  4. Maria João Rosa says:

    A resposta do Diretor Clínico, faz todo o sentido.
    Não faz sentido passar um atestado para amamentar uma criança com essa idade.
    Normalmente nesta idade a alimentação das crianças já é variada e a amamentação é importante mas, pode ser dada noutro período que dispense atestado médico.
    A mim o que me parece é que a mãe dz criança estará a aproveitar – se dá situação.

    • Amamenta Setúbal says:

      Conforme está na lei, a mãe tem direito a dispensa diária para amamentação enquanto esta durar, não impondo qualquer limite de idade. Portanto, não cabe ao médico decidir se esta mãe deve ou não usufruir de algo que é um direito! Ao médico apenas foi pedido que atestasse o que viu, que aquela mãe amamenta o seu filho, e não que concordasse com a lei ou com o motivo da dispensa. Além disso os argumentos utilizados estão completamente errados, e tendo sido mencionadas recomendações de entidades oficiais de saúde, que não existem, decidimos colocar neste artigo as reais recomendações atuais, de diversas entidades.

  5. Ana says:

    Cara Alexandra,
    A senhora acha que o diretor clínico tem razão e diz que foi muito profissional na sua resposta pois “…” e lança uma data de argumentos que no entanto não aparecem na carta do dito cujo.
    Ou seja, como a resposta que ele deu a esta mãe é a que a senhora acha que deve ser dada nestes casos, não se importa de dizer que um argumento cheio de falacias quer a nível de dados científicos e orientações clínicas da DGS, quer a nível legal (pela interpretação distorcida do que a letra da lei diz), é um argumento muito profissional.
    Isso fala mais de si e do valor da sua opinião do que do conteúdo da carta do médico e do reclamo que a motivou.

    • Amamenta Setúbal says:

      A lei pode não obrigar a emitir o documento, mas não é essa a única questão aqui reclamada até porque a mãe em questão já tem a declaração necessária. O que é grave aqui foram os argumentos utilizados para a recusa, que não correspondem à verdade.

  6. Erika Virginia Acosta Duarte says:

    IN CRI VEL… Vergonha deveriam ter. Não sei qual pior o medico ou o Director! PD: sou extrangeira, desculpem algum erro ortografico.

  7. Lili Lima says:

    “o sr dr tem razão, não é preciso usufruir do horário de amamentação, uma vez que pode fazer depois de sair do trabalho”

    Caríssim@s. Andamos tantos séculos a lutar por direitos e agora leio barbaridades destas?! Mas está tudo louco agora?

    Como se já não bastasse as mulheres e maes trabalhadoras por conta própria que muitas vezes com 15 dias tem de voltar a trabalhar para não perderem clientes, dinheiro, trabalho!

    Agora quem tem patrões? Já agora que aproveitem e façam horas extra! E que trabalhem mais um ou dois dias. Afinal, deve haver quem fique com as crianças!

    Voltem a impedir as mulheres de trabalhar, de votar, de falar. Voltem a impor as saias porque calças são os homens que usam. Voltem a por as mulheres como escravas!

    Se calhar é melhor abdicar de tudo o que foi conquistado. E as leis, ahhh, essas não é nada para cumprir, código da estrada? Penal? Isso é uma fantuchada. E eu interpreto como quero.

    MENOS!

    O médico tem mais é que atestar factos! Ponto! Ninguém lhe pede opinião pessoal!

    • Rita Graça says:

      Pior… Mulheres são as que fazem tais comentários que anulam os nossos direitos. Talvez sejam os outros países, como a nossa vizinha Espanha, que estejam errados ao dar tantos direitos (ou regalias como chamam), e o Portugal de 1980 seja quem está correcto. Esta é a definição de inveja… não é por não termos algo que quem tem está errado. Aos direitos, devemos querer sempre somar, seja para usufruto próprio ou do próximo.

  8. Tatiana says:

    Não entendo de todo estes comentários a dar razão ao médico. A ele apenas lhe cabe atestar que aquela mãe amamenta e não concordar, está na lei e é um direito da mãe. A resposta da clínica é absurda, as amas de leite já não existem há décadas e como profissionais de saúde deviam de saber que a OMS recomenda o início da alimentação complementar a partir dos 6 meses e não dos 3/4 meses e ainda que recomenda a amamentação até PELO MENOS aos 2 anos. Esta resposta é arcaica e vai contra todo o esforço que tem sido feito por profissionais de saúde e mães para prevalecer a amamentação que é um direito do bebé e da mãe. Querem lutar pelos direitos mas quando toca às mães já se estão a aproveitar? Devemos repensar as prioridades.

  9. Ana Filipa says:

    Conforme está na lei, a mãe tem direito a dispensa diária para amamentação enquanto esta durar, não impondo qualquer limite de idade. Logo, não cabe ao médico decidir se esta mãe deve ou não usufruir de algo que é um direito! Ao médico apenas foi pedido um atestado em como a mãe amamenta o seu filho. Além disso os argumentos utilizados estão completamente errados, e ainda se referiu a entidades competentes para justificar os seus argumentos.
    Para quem aqui concorda com o médico em questão tenho pena que nunca tenham sentido o verdadeiro significado da palavra amamentar. Amamentei 3 anos o meu filho e não é por isso que alimentação dele não é variada e rica em nutrientes e proteínas.

  10. Marta Vitorino says:

    Desculpem lá mas os comentários a defender o médico por aqui parecem que foram todos encomendados….
    Se a lei prevê que a mãe tem direito a 2 horas de licença de amamentação sem falar na idade porque é que as pessoas vêm falar que ela não tem direito? São legisladores? Sabes mais que os outros?
    Como podem dizer que o médico foi profissional quando ele diz coisas aberrantes como introdução da alimentação complementar aos 3/4 meses?????
    Que só em casos de probelmas de saúde é que as crianças devem ser amamentadas depois de um ano? Então o leite materno é bom para uma criança doente ou com problemas e não é bom para uma criança saudável?
    São uma série de disparates ainda por cima escritos sem qualquer conhecimento de causa. Mostra que pensam que podem escrever sobre tudo só porque são médicos, mesmo não tendo qualquer formação na área. Devia era ter vergonha.

    • Rita says:

      Ola boa tarde infelizmente tenho k concordar pois tambem me sinto lesada em relacao a isto pois a minha MF tmb se recusou a atestar ta bem k jabtem 28 meses e??? Vou fazer tudo o k estiver ao meu alcance para dar o maximo de tempo possivel e usufruir dos meus direitos enquanto mae e mulher k sou. Como pode o país andar pra frente se algumas pessoas na sociedade nao entendem….

  11. Teresa Amorim says:

    Eu espero e quero acreditar que quem aqui está a dar opiniões favoráveis a este diretor clínico não é profissional de saúde porque é lamentável, com tanta informação disponibilizada sobre os benefícios do aleitamento materno, sobre a própria lei vigente afeta a este tema, que ainda existam pessoas que se julgam soberanas ao conhecimento fundamentado cientificamente e à própria legislação com as suas opiniões estereotipadas, cheias de crenças e preconceitos.
    Amamentei o meu filho mais novo até aos 2 anos e 4 meses e, infelizmente, tenho pena que as pessoas, de uma forma geral, desconheçam o quanto afeta a logística familiar ter uma criança a pedir (porque já falam e são bastante explícitos) para mamar, o tempo nosso/disponibilidade que isso requer, ter de demorar muito mais a sair de casa porque o leite por biberão vai em segundos, na mama ora brincam ora mamam, enfim… É outro mundo, uma mente fechada e cheia de crenças nunca entenderá porque é que a lei protege as lactantes.
    A OMS lá saberá porque é melhor o leite da mãe em detrimento do leite das vacas ? é super bio!!!

  12. Liliana says:

    Incrível…! Não sei o que é mais triste, se a resposta do médico ou a de algumas mulheres a esta publicação. Se nem as mulheres se defendem a elas e aos seus filhos, quem defenderá? É por esta mentalidade que temos um país com taxas de natalidade tão baixas e com tantas desigualdades. No fim do texto estão links com informação de entidades de competência reconhecida e nem assim. Só é cego quem não quer ver… Ou saber.

  13. Ana Reis says:

    A quantidade de ignorância presente neste documento é assustadora. É em parte por termos médicos assim tão mal informados em relação à amamentação que as taxas de amamentação em Portugal são vergonhosas!!! Introdução alimentar aos 3/4 meses??? Há quantos anos é que as guidelines mudaram para os 6 meses??? Amamentação até ao 1º ano?? Se não sabem, não devem aconselhar as pacientes em relação à amamentação. Uma coisa é a opinião pessoal, outra coisa é uma opinião médica e esta segunda deve ser baseada em evidências e não em preconceitos ou na opinião pessoal! Felizmente esta mãe mexeu-se, reclamou e não vai ficar por aqui! Assim evitamos que mais mães dêem de caras com esta atitude, mães que podem não estar tão informadas ou empoderadas e que se deixem levar por opiniões pessoais ditas como se de opiniões médicas se tratassem por médicos mal informados e desactualizados. Por fim, só queria dizer que médico nenhum tem de dar *autorização* para que uma mulher amamente! Segundo a lei o médico apenas tem de atestar a verdade, nada mais que isso!

  14. Ana says:

    Acho que muitas pessoas já se esqueceram do que realmente são…. Animais! Os humanos são animais… Mamíferos por sinal! Ser mamífero significa que o animal possui glândulas mamárias para alimentar a sua cria! A espécie humana está programada para que o desmame ocorra algures entre os 5-7 anos, altura em que se inicia também a dentição definitiva!
    Os profissionais de saúde devem reger-se pelas directrizes da Direcção Geral de Saúde, que reflecte também as recomendações da Organização mundial de saúde…. Repito, organização MUNDIAL!…. MUNDIAL! portanto pelos comentários apresentados, estes médicos é que estão certos! Sugiro então que os mesmos contactem a organização mundial de saúde a fim de a mesma reparar o “erro”! A título de curiosidade, sabem l que é selecção natural? Pois é, se houvesse uma catástrofe e não houvessem recursos comestíveis sabem quem é que sobreviveria?…. Ah pois é!

  15. Ana C says:

    Acho que já se esqueceram das aulas de biologia e do que realmente são, animais, mamíferos… Mamíferos são animais que possuem glândulas mamárias para produzir o alimento para as suas crias…
    O desmame na espécie humana está programado biologicamente para a altura em que surge a dentição definitiva, que normalmente acontece entre os 5-7 anos!
    A amamentação traz imensos benefícios para bebé e mãe e é o alimento mais adequado nutricionalmente…
    Os profissionais de saúde devem reger-se pelas directrizes da Direcção Geral de Saúde, que assume também recomendações da Organização mundial de saúde… Repito, organização MUNDIAL de saúde! Portanto pelos comentários apresentados estes médicos desta rede de clínicas é que estão certos. Sugiro então que os mesmos contactem a Dgs e a OMS para que corrijam o erro, engano, lapso ou lá o que seja, em que defendem a amamentação prolongada! Outra questão, quando os cães, gatos, vacas,… mamam, fazem-no em qualquer lado. Porque não podemos nós, também mamíferos, animais, fazer o mesmo?! É nestas alturas que se percebe claramente que a “humanidade” (ou será desumanidade) está perdida!

  16. Joana Cunha says:

    A amamentação prolongada tem inúmeros benefícios, quer a nível de saúde física, quer emocional. Mas nem vamos por aí… As redução de horário e um direito que esta previsto na lei. Tal como, por exemplo, o direito à férias. Ora então, eu sugiro a todas essas pessoas que criticam quem quer apenas usufruir de um direito que lhes assiste que abdiquem, por exemplo, das férias a que tem direito. Que tal? Então férias? Para quê? Pode descansar quando chegam a casa! Boa?

  17. Ana C says:

    E em jeito de curiosidade… Já ouviram falar em selecção natural? Tb foi tema das aulas de biologia… Pois é, se houvesse uma catástrofe natural e não houvesse comida. Sabem quem sobreviva?! Ah pois é!!!!

  18. Sónia Sousa says:

    A informação incorreta não pode ser veiculo para justificar ou vedar um direito, de forma vil e displicente. Um facto é um facto e é só isso que se pede que seja atestado!
    Quem comenta referindo que, tratando-se de um bebé com 2 anos, já não há necessidade de amamentação ou, que a mesma poderá acontecer em horários que não necessitem de atestado, desconhece por completo o processo biológico e fisiológico que culmina no acto (ou ato, para quem prefere redação ao abrigo do acordo ortográfico) de amamentar.
    Como em grande parte das vezes, até em outras situações, prefere-se denegrir e desconfiar de quem reclama tentando fazer valer o seu direito, ao invés de buscar informação, correta e relevante.
    Sim, é certo que o profissional de saúde não é obrigado a passar a declaração/atestado mas, nem o próprio, nem os seus superiores hierárquicos podem usar informação incorreta e falaciosa, para suportar os seus argumentos de rejeição, nem tão pouco fazer juizos de valor sobre a situação em si. Além de falta de profissionalismo é também eticamente reprovável.
    Para finalizar, estas situaçoes devem ser expostas sim, para que não se continue a achar que profissionais de saúde são deuses que tudo sabem, tudo influenciam, tudo decidem e determinam.
    Tenho muito orgulho dos profissionais de saúde que conheço e escolhi para me acompanharem (a mim e aos meus filhos), por serem pessoas abertas ao diálogo, à discussão, ao debate mas, sobretudo, por estarem devidamente esclarecidos, isentos e informados sobre estas temáticas.
    Amamento uma criança com 26 meses, tenho redução horária para esse efeito, conforme estabelecido na lei e, nunca existiu nenhuma espécie de problemas e/ou outras questões, para obter o atestado exigido, para entrega na entidade patronal.

  19. Neuza says:

    E quando penso que ja vi tudo…leio estas barbaridades todas!!!Espero que a mae nao tenha pago a consulta!!Que vergonha de consulta, vergonha de resposta ainda maior!!! E certos comentários aqui…por amor de Deus!!! Tenho pena pela falta de informacao que existe.Por medicos que nao se actualizam e tambem que tenham tão poucas horas de estudo sobre amamentação.
    “ah…o medico sabe…” Pois…se o medico me mandar atirar de uma ponte, eu atiro-me porque o médico “sabe”…Vamos lá pensar um pouco também pela nossa cabecinha…
    Enfim…quanto a mulheres despeitadas…nem digo nada…

  20. Ana Xastre says:

    A sério que há pessoas a dar razão ao “Sr Doutor”??????!!!!!!! Mas estas pessoas nem para elas são boas! Haja paciência… antes de comentar o que quer que seja é bom que as pessoas se informem para não cometerem o erro de dizerem grandes asneiras e cair no ridículo. O horário de amamentação está previsto na lei e não é um capricho! Foi graças a ele que amamentei a minha filha até aos 3 anos e amamento o meu filho de 2 anos! É um direito deles que não faço intenção de prescindir. Tenho de entregar uma declaração mensal passada pelo meu médico de família sem qualquer tipo de problema!!!!! A minha entidade empregadora respeita e apoia a minha decisão!!!!! Fico triste e com alguma revolta ver pessoas a comentar de forma negativa o uso desta condição que está prevista na lei e mais do que estudada que traz benefícios às crianças, mães e empregadores…. leiam…. informem-se…. não comentem só por comentar….

  21. João Silva says:

    Oh amiguinhas (e amiguinhos)… informem-se… Andam para aí a enunciar as orientações da DGS e da OMS e outras e certamente passou-vos ao lado o que leram. Efectivamente enunciam benefícios da amamentação exclusiva até aos 6 meses e a manutenção da amamentação até aos 2 anos de vida, tal como nos diz a “Amamenta Setúbal”. Atenção sr.ª Ana Reis quando questiona os 4 meses para a introdução de novos alimentos: no caso das mães que não estão a amamentar, a diversificação alimentar inicia-se antes dos 6 meses, mas, tal como foi já referido anteriormente, nunca antes dos 4 meses!
    No entanto a criança em questão na reclamação JÁ tem 2 anos, e já se encontra “fora do prazo” enunciado pelas entidades atrás referidas e pela “Amamenta Setúbal”. Por isso, vamos cá orientar as críticas à equipa da “walk in Odivelas” e, se querem estimular a relação mãe-filho,não se esqueçam que também pode haver pai e irmãos e esta idade é excelente (e o tempo ajuda) para brincar em espaços públicos como os parques infantis! Deixem-se de querer gozar só dos direitos e pensem um pouco nos vossos deveres para com a sociedade! Os direitos das outras pessoas podem estar em risco quando vocês SÓ PENSAM NOS VOSSOS DIREITOS!

    • Amamenta Setúbal says:

      A Organização Mundial de Saúde, a Direcção Geral de Saúde entre outras (ESPGHAN, AEPED, AAP, SPP) recomendam que a amamentação seja mantida PELO MENOS até aos 2 anos, não havendo qualquer prazo máximo estipulado. Na lei, é também referido que a mãe tem direito a dispensa diária para amamentação durante o tempo que durar a amamentação, sem indicar também qualquer limite máximo, portanto uma criança de 2 anos não atingiu qualquer prazo, simplesmente porque este não existe. A amamentação tem benefícios enquanto durar!
      Relativamente à altura da introdução da alimentação complementar, o mínimo será realmente os 4 meses e mesmo para bebés que não são amamentados já há várias entidades, como por exemplo a OMS, que indicam que devem fazer aleitamento exclusivo até aos 6 meses, no entanto optámos por não fazer referência a isso no artigo porque ainda não é uma recomendação consensual. Mas todas as entidades concordam que esta não deve ocorrer nunca antes dos 4 meses, seja em bebés amamentados ou não, pelo que o autor desta carta demonstra uma grave falha de informação relativamente a esse tema.
      Relativamente às últimas frases, não consigo perceber como é que uma mãe querendo usufruir de um direito seu por lei (que todas as mães deveriam ter direito mas infelizmente não têm), de estar mais tempo com o seu filho, pode colocar em risco os direitos dos outros…

      • João Silva says:

        Só vou comentar a última frase:
        quando numa instituição e que os vários profissionais têm de efetuar turnos para assegurar o serviço durante 24 horas (ou mesmo que seja das 8 às 23h, se diversas mães tiverem a gozar dos seus direitos de amamentação por tempos infinitos, cujo horário é reduzido e não pode ir além das 20h, os restantes funcionários são obrigados a suprir o restante horário de funcionamento da instituição. E agora eu pergunto: onde está o direito destes profissionais em poder estar também eles com a família, marido/mulher e filhos ao final do dia?

    • Ana says:

      Caro João Silva,
      eu se fosse a si, baixava os níveis de displicência, o tom (fica muito feio escrever tudo em maiúsculas), relia com mais cuidado a documentação que cita e voltava logo ora a apagar o comentário, ora a corrigi-lo, e sempre com um pedido de desculpas pelos incómodos ocasionados.

      • João Silva says:

        Leia a minha resposta e não se esqueça que TODOS TEMOS DIREITOS E DEVERES.
        PS – escrevi em maiúsculas propositadamente.

        • Ana says:

          Leia a minha resposta e não se esqueça de que não irá ter mais ou menos razão por gritar com os outros, que respeitar os outros é um dever, que sermos respeitados é um direito, e que gritar sem motivo é uma falta de respeito.
          PS: não tenho dúvidas da sua intencionalidade na utilização das maiúsculas.

  22. Raquel dos Santos Espinho says:

    Fico parva quando leio coisas como “está a usar o filho para ter uma regalia”. Quem fala assim não é mulher neste século. Quem fala assim nunca amamentou. Quem fala assim não pode compreender o que custou a alcançar estes DIREITOS das mulheres e das crianças.
    Diretores clínicos que abrem a boca para dizer e escrever barbaridades que são só a sua opinião pessoal, em vez de fazerem o que lhes compete (atestar factos e fazer seguir as diretrizes da OMS)…não são nada profissionais, nem éticos, nem humanos tendo em conta a falta de empatia para com outro ser e para com uma criança.

    • João Silva says:

      Sabe bem que é verdade. Há muitas mães, sobretudo funcionárias públicas, que se aproveitam! Ainda esta semana ouvi uma dizer que ia deixar de amamentar em breve (antes de finalizar o 1º ano de vida) mas que iria pedir a declaração da pediatra a solicitar a redução de horário até aos 2 anos!

      Mas pode ter a certeza que sou o 1º a dizer que a guarda conjunta deveria ser prolongada até ao 1º ano de vida! E, no caso de um 2º, 3º, etc, filho, que o pai deveria ter um período maior para ajudar a mãe.

  23. Paula says:

    Se a lei não impõe limite à idade para dispensa para amamentação, quem é o médico para o fazer? Os médicos estão agora acima da lei?! Só tem que atestar um facto, está a amamentar, sim ou não, e isso ficou provado.
    E que história é essa de amas de leite? Qualquer mulher que queira amamentar após 1 ano de idade é suposto agora arranjar uma ama de leite?! Que vergonha! Onde é que os senhores doutores vão encontrar uma ama de leite?! Ridículo!
    E querem introduzir alimentação variada a um bebé de 3 meses? Perigoso.
    A minha filha foi amamentada em exclusido até aos 6 meses de idade, como aconselhado pela Organização Mundial de Saúde, e continua a ser amamentada após os 2 anos de idade.

    • João Silva says:

      E agora questiono: após os 2 anos de vida, em que horários é que a sua filha mama? É durante essas 2 horas que lhe oferecem, que vai à creche ou à ama buscar a sua filha e dar-lhe de mamar, estimulando o vínculo mãe-filha?
      Tenho as minhas dúvidas…

  24. Diana VS says:

    Apesar de estar aqui nos links referidos pela Amamenta Setúbal, cito o que vem publicado pela DGS, no Programa Nacional de Saúde Reprodutiva, no Aleitamento Materno:

    “O aleitamento materno é considerado o tipo de alimentação ideal para os recém-nascidos de termo saudáveis e para os recém-nascidos pré-termo ou com patologia.
    O leite humano é um alimento vivo, completo e natural e o reconhecimento das suas múltiplas vantagens, reuniu, o consenso mundial, defendendo-se a amamentação exclusiva até aos 6 meses de vida, e complementada com outros alimentos até aos dois anos ou mais, (OMS/UNICEF) precisamente por se acreditar que constitui a melhor forma de alimentar as crianças.”

    Link: http://www.saudereprodutiva.dgs.pt/aleitamento-materno.aspx

  25. Mónica says:

    Acho extraordinário alguns comentários! … Quero acreditar que não são mães, ou se o são, não o mereciam! Como é que mulheres mães não defendem mulheres mães??? A dispensa para aleitamento é um direito!!! Ponto … ninguém se está a aproveitar de nada … está previsto na lei!

  26. Ana says:

    É triste perceber como as mulheres se tratam umas às outras.

    Está mãe não se está a aproveitar de nada!!!
    Apenas a usufruir do que a lei a permite….e fazendo o que é melhor para o seu filho…

    O médico não tem que dar o seu parecer pessoal…apenas tem que ser profissional….

  27. Anónima says:

    Que vergonha! “Usar o filho para ter regalias”..desculpem lá mas..acaso não gostariam, se pudessem, de passar todo o tempo possivel e mais algum com os vossos filhos? É que eu estou sempre de olho no relógio para ir buscar a minha..e sim, amamento a minha bebé q já tem 11m, com muito orgulho, amor e dedicação. E sim, tb vou usufruir da “regalia” do periodo q me é facultado por lei para poder amamentar a minha filha enquanto eu e ela quisermos. É um direito de quem amamenta, tal como votar, tal como usar calças. Se defendem tanto o q as mulheres conseguiram, muito me espanta não defenderem um direito q não só nós mas, que os nossos filhos tb têm. Ponham as mãos na consciência mas é!!!

    • João Silva says:

      Não nego a importância da amamentação até aos 2 anos. Até porque é muito mais rápido e económico do que outro qualquer tipo. Mas sabe que é suposto assumir um compromisso com o empregador em cancelar a redução de horário no momento em que deixar de amamentar?
      Mas penso que o seu empregador acharia mais importante que se dedicasse ao trabalho em vez de estar “sempre de olho no relógio”.

  28. Flora Rodrigues says:

    É triste que as pessoas não se informem antes de comentar. Amas de leite? Realmente qual é o profissional que recomenda amas de leite, quando nem tecomendam deixar que uma irmã da mãe amamente? Quando todo o leite doado passa por uma importante esterilização e se destina a quem não teve leite para amamentar.Lei é lei e o médico e a clinica não podem estar acima da lei.A lei diz até quando a amamentaçao durar. Recomenda-se até pelo menos aos dois anos. É uma recomendação não a legislação. A falta de informação tem fornecido imensos lucros às indústrias de leite artificial e é negocio chorudo.Se continuarmos a deixarem que atropelem os nossos direitos qualquer dia voltanos à época em que as mulheres depois de parirem iam logo trabalhar.O que raramente é dado a conbecer disto são as inúmeras taxas de mortalidade que dai derivavam. É um direito legislado e não pode ser recusado. E quando invocam amas de leite revelam toda uma falta informação e profissionalimp que mete medo.

  29. Andreia Pereira says:

    Pior, a Amamenta Setubal dá-se ao trabalho de explicar tudo, e ainda há quem não “concorde”.

    Tenho uma palavra para isso, e começa pela letra “B”….

  30. henrique esteves says:

    Quando o médico X passa um atestado de amamentação para a mãe que está a amamentar a criança X, a consulta para o médico passar o atestado é marcada em nome da mãe (que paga taxa moderadora) ou em nome da criança (que não paga taxa moderadora).

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